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COP 27 promove trocas sobre justiça climática entre Brasil, Indonésia e África do Sul

Além de aproximar Sul-Global, encontro realizado no Brazil Climate Action Hub, anunciou lançamento de coletânea da iniciativa Clima & Desenvolvimento 2022 e contou com a presença de Marina Silva.

Atores da África do Sul, da Indonésia e do Brasil se reuniram na COP 27, no Egito, em evento Mudando os Caminhos do Desenvolvimento, do Brazil Climate Hub. A atividade foi realizada no dia em que da chegada do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva. O evento de trocas com atores do Sul
Global teve presença confirmada da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima
Bezerra, e do diretor-executivo na Ibá, José Carlos da Fonseca. O debate, que também teve a participação do Instituto Talanoa, da COPPE-UFRJ e da Sequoia Climate Foundation, entre outros, discutiu mecanismos inspiradores para transição energética e justiça climática, como o ETM da Indonésia e o JET-P da África do Sul.

Do Brasil, foram lançados os cadernos Transição Justa, Transição Energética e
Precificação de Emissões, estudos detalhados sobre o mercado de carbono e a
transição para uma matriz energética limpa e uma economia de baixo carbono
socialmente justa. A coletânea Clima & Desenvolvimento 2022 é resultado do
trabalho, articulação e escuta de diversos atores sociais, acadêmicos e econômicos
que se reuniram ao longo de 2022 para debater o tema com a visão de
descarbonizar a economia brasileira até 2030.

Os estudos buscam ainda apresentar insights sobre os desafios para o próximo ciclo de governo federal brasileiro para a transição de uma economia de baixo carbono com justiça social.
Na transição energética, por exemplo, o estudo aponta que o setor elétrico pode ser
um fator central na descarbonização da economia pela eletrificação do transporte e da indústria, e pela produção de hidrogênio para exportação. Além disso, somente a
eficiência energética poderia fornecer 40 TWh de energia em 2050.

Em relação ao mercado de carbono, o relatório recomenda a adoção de
instrumentos de precificação de carbono e o destravamento das finanças climáticas
no país. No entanto, conclui que só essa precificação não é suficiente, já que a
maior parte das emissões do país são provenientes do desmatamento. Por isso, é
imprescindível a adoção de outros instrumentos e políticas de comando e controle,
como moratórias etc.

A íntegra dos cadernos pode ser obtida no site do projeto.

No canal do youtube é possível assistir o encontro realizado no Egito.