Evento realizado no Brazil Climate Action Hub lançou a série de publicações sobre NDC brasileira.
Reunidos no Egito, especialistas em mudança do clima e políticas brasileiras anunciaram propostas para melhorar a ambição da NDC brasileira. O evento, com a participação de Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, Fernanda Carvalho, do WWF e Carol Prolo, da LACLIMA, apresentou
uma análise técnica e de implementação da Contribuição Nacionalmente
Determinada brasileira (NDC, na sigla em inglês).
As NDCs reúnem as metas de redução de emissões domésticas e as estratégias para
atingi-las, definidas voluntariamente por cada país, no âmbito do Acordo de Paris. O
objetivo final das NDCs é limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC e evitar um
aumento superior a 2ºC.
Em dezembro de 2020, o governo brasileiro enviou a sua NDC revisada ao Acordo
de Paris, após a primeira versão apresentada depois da aprovação do tratado
internacional, em 2015. A NDC brasileira reafirmou o compromisso de redução das
emissões líquidas totais de gases de efeito estufa em 37% em 2025 com relação a
2005, e assumiu o compromisso de reduzir em 43% as emissões brasileiras até
2030. Na perspectiva dos analistas, a proposta é inconcistente e não representa um avanço na política climática do país.
Concluindo que são necessários aprimoramentos na NDC em vigor, os panelistas
apresentaram análises técnicas sobre os ajustes necessários para uma NDC mais
ambiciosa no Brasil, e uma análise sobre os meios legais de implementação dessa
NDC que queremos. As publicações estão disponíveis na aba de publicações do site da iniciativa Clima e Desenvolvimento, da qual os colaboradores fazem parte.
O evento pode ser assistido novamente pelo canal do youtube que transmitiu as atividades da sociedade civil brasileira durante a COP 27.